O IMP Diagnostics colaborou com o INESC TEC e o The Netherlands Cancer Institute num estudo pioneiro que poderá transformar o diagnóstico do cancro da mama com recurso a Inteligência Artificial!
Uma equipa de investigadores do IMP Diagnostics, do INESC TEC e do Netherlands Cancer Institute acaba de publicar na prestigiada revista npj Digital Medicine um estudo inovador que poderá marcar o futuro do diagnóstico do cancro da mama. A investigação foca-se na utilização de técnicas de coloração virtual, baseadas em modelos avançados de Inteligência Artificial (IA), capazes de transformar digitalmente imagens de tecido coradas com Hematoxilina e Eosina (H&E) em imagens equivalentes àquelas obtidas por imunohistoquímica (IHQ), sem necessidade de recorrer aos longos processos laboratoriais atualmente exigidos.
Este avanço poderá representar uma verdadeira revolução no diagnóstico oncológico, ao permitir uma análise mais rápida, precisa e acessível dos biomarcadores moleculares fundamentais para a definição de tratamentos personalizados. “A coloração virtual poderá vir a transformar a forma como analisamos os tumores da mama, permitindo explorar informação essencial sem recorrer a exames adicionais, com mais rapidez e menor custo, o que pode ter um impacto real na vida dos doentes”, afirma Diana Montezuma Felizardo, médica anatomopatologista e coordenadora da unidade R&D do IMP Diagnostics.
O estudo agora publicado apresenta a primeira análise comparativa abrangente das técnicas mais promissoras de coloração virtual, avaliando o desempenho dos modelos de IA em conjuntos de dados amplamente utilizados na investigação em cancro da mama. Entre as abordagens destacam-se as redes adversariais generativas (GANs) e os modelos de difusão – as mesmas tecnologias utilizadas nos mais recentes geradores de imagens por IA.
Com cerca de 9 mil novos casos de cancro da mama diagnosticados por ano em Portugal, segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro, soluções que permitam agilizar e melhorar os diagnósticos são essenciais para garantir respostas clínicas mais eficazes. O IMP Diagnostics orgulha-se de integrar esta investigação de referência, que representa um passo importante no cruzamento entre ciência, tecnologia e medicina personalizada, com impacto direto na vida dos doentes oncológicos.
Para além da Diana, também Pascal Klöckner, Sara Pires de Oliveira e Hugo Horlings, do The Netherlands Cancer Institute, Jaime Cardoso e José Teixeira, do INESC TEC, e João Fraga, do IMP Diagnostics, participaram neste artigo/estudo.